quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Mais vale só?

Dou por mim a pensar que os melhores momentos são os que passamos sozinhos, os que nos entregamos egocenctricamente a nós próprios.
No entanto, no preciso momento em que escrevo apercebo-me da insensatez contraditória que existe nesta afirmação.
Mesmo quando esta entrega absolutista nos conduz a estados obsoletos de amor-próprio eles são repletos de pedaços soltos e indefinidos dos outros, os que nos rodeiam e ao mesmo tempo nos completam.

Vou ter com os meus outros...
Chegou o precioso momento de os adorar.
Renuncio ao auto, no instante em que o meu auto seria menos auto sem eles.

Amem um pouco esta semana, sem expectativas, somente pelo puro e singelo acto de amar e deixar-se ser amado.
Bom resto de semana!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

UMA PRENDA DE NATAL: as palavras sempre ficam


"Se me disseres que me amas, acreditarei.

Mas se escreveres que me amas,

Acreditarei ainda mais.

Se me falares da tua saudade, entenderei.

Mas se me escreveres sobre ela,

Eu a sentirei junto comigo.

Se a tristeza vier a te consumir e me contares, eu saberei.

Mas se a descreveres no papel,

O seu peso será menor.

...Assim são as palavras escritas: possuem um magnetismo especial, libertam, acalentam, invocam emoções...

Elas possuem a capacidade de, em poucos minutos, cruzar mares, saltar montanhas, atravessar desertos intocáveis.

Muitas vezes, infelizmente, perde-se o autor mas a mensagem sobrevive ao tempo, atravessando séculos e gerações.

Elas marcam um momento que será eternamente revivido por todos os que a lerem.

Viva o amor com palavras faladas e escritas!

Mata saudades, pede perdão, aproxima-te.

Recupera o tempo perdido, insinua-te.

Alegra alguém, oferece um simples bom dia.

Faz um carinho especial.

Usa a palavra a todo o instante, de todas as maneiras. A sua força é imensurável!

E lembra-te sempre desta frase:

Quem escreve constrói um castelo, e quem lê passa a habitá-lo."

sábado, 6 de dezembro de 2008

"TENS DE ESTAR À ALTURA DAS CIRCUNSTÂNCIAS"

Quero e não consigo.
Querer é poder?
Talvez.
Momento de ausência de verdades irrefutáveis.
Mas estou confortável!
Conforto...
Necessidade de conforto.
Finalmente o tão merecido conforto.
Misto de tristeza e felicidade
Tudo, menos vazio!
Nada de tão concreto assim.
Não existem espaços ocos.
Não há buracos negros.
Faltam-me coisas.
Mas tenho-me a mim.
Afinal não falta nada.
Existem por aí pedaços soltos de mim...
Espalham-se por sitios que eu desconheço.
Confio nesses pedaços.
Deposito tanta confiança neles como em mim própria.
São meus...
Mas não me pertencem.
São parte de mim...
Mas não me destituem ou completam.

Sou eu em liberdade!!



[não esquecer: tenho de estar à altura das circunstâncias...e estas são gigantes!]

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

URGÊNCIA...

Sinto urgir a necessidade urgente de urgência.

Nada adquire sentido de automatismo na minha vida.
Sempre me avisaram que chegaria o dia em que eu não poderia contar com ninguém, senão comigo mesma.
Mas já??

Como se não bastasse tenho sentido o de desejo insaciável de me comprometer ainda mais.
Começo a perceber que este salto para a adultez não tem retorno.
É uma bola de neve que nos atropela e desmama, com o constante embrenhar de situações e necessidades comprometedoras.

Não a considero a abrupta morte da inocência e ingenuidade, comuns da infância.
Não a vejo com maus olhos.
Mas vivo-a como um momento de extrema importância para o decurso do resto da minha vida.
Quase como se este fosse um momento crucial.

Mas por momentos apercebo-me que esta percepção de crucialidade dos momentos deveria ser sentida a cada instante.

(Estarei eu a viver erradamente?)

Não importa!
Porque enquanto não me deleitar neste novo pensamento, não chegarei a ser fiel a ele mesmo.

E neste momento o que sinto é outra coisa...são outras coisas...

Vivo o fumo de um cigarro.
Tento acalmar-me...penetrar-me pacificamente!
Os cigarros são bons para isso.
Em contrapartida, são maus para muitas outras coisas.

Mas, como tudo o resto, baseia-se no equilíbrio existente entre os dois extremos.
Não existe nada que viva somente num dos pontos, positivo ou negativo, + ou -...
Nem a maldade encerra em si um só pólo.

Não convém sermos lineares.
Seríamos estúpidos e ignorantes.
Pudera eu ser ignorante e a minha vida faria muito mais sentido...
Contudo, não teria mais sentido...

Já falei dos sentidos, não vou voltar atrás!

Cigarro acabado.
Retorno à adultez.
Crucial.
Previsão inconcreta de toda uma existência.

E não convêm desperdiçar a existência...
Existir em vão é o pior dos destinos.
Até morrer é melhor destino que desperdiçar uma vida.
Pois o dia em que a morte impera é sinónimo do dia em que toda uma vida, uma existência, uma memória de significados se começa a desvanecer, a cair num poço escuro de retorno improvável. (Mas depois de mortos que é que isso importa?)
O desperdício de uma vida é a prova de que a morte só vale a pena enquanto não estivermos vivos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Pesadelos

Acordo de um pesadelo.
Instabilidade.
Sinto-me fraquejar. Acredito que se estivesse em pé os joelhos não aguentariam com o peso do meu corpo.

Insegurança? Talvez.
Medo? Também.
Percepção interna da realidade nem sempre percebida? De certeza.

A bateria dá sinal de descarga...maltidas inovações, supostamente facilitadoras do dia-a-dia mas que acabam por ser sempre mais uma coisa para a qual temos que ter atenção e agir sob a base das limitações.
Nunca nos deixam, malditos limites.
Com caneta e papel os potenciais limitadores seriam uma caneta gasta ou uma inundação inesperada!
Mas enfim...

Aguento-me mais um pouco (não posso parar já!).
Irreverência!!
Decido testar o limite da minha sorte, porque quando a bateria acabar acaba também a extrapolação.

Ia nos pesadelos...

Sinto necessidade de chorar. Não sei se é meramente por estar sozinha, ninguem para abraçar e me confortar ou se é simplesmente a redenção perante tanta descoberta interna em questão de poucas horas.

Pensando abstractamente...
Foi quase como acordar de um coma induzido (por alliens) em que andaram a brincar com os meus pensamentos.
Pegaram neles, misturaram-os e deixaram-os a rondar o meu interior para que eu os resgatasse de forma aleatória e lhes desse um sentido.
Pedaços soltos de mim ganham cor e cheiro.

Mas terão realmente sentido?

O que é ter sentido?

Terá alguma coisa sentido quando simplesmente lhe damos sentido? Ou terão as coisas realmente um qualquer sentido para além do nosso sentido interno?

Haverá algum protocolo externo a nós mesmos para as coisas terem sentido?

Ai ai...
Mas que raio de sentido tem isto...

Fui... (não vou abusar mais da Srª Bateria!)


--=[ No need to write, no arguments for it. I just tried! ]=--